Durante as décadas de 60 e 70, o cientista físico suíço Hans Jenny realizou interessantes experimentos que comprovam essa realidade. Jenny, considerado o pai da Cimática, inventou o tonoscópio, uma máquina que permite a voz humana vibrar diretamente em uma placa metálica, coberta com cristais de areia finíssimos, mediante o uso de um microfone, osciladores sonoros e equipamentos eletrônicos.
Um dos impressionantes resultados da pesquisa de Dr. Jenny pode ser observado nas duas imagens abaixo. Na imagem 1, a mandala Sri Yantra, provavelmente uma das mais famosas encontradas em milhares de templos na Índia, representa o mantra “OM”. Na imagem 2, o cientista suíço entoou o “OM” continuamente em seu tonoscópio e obteve um resultado espantosamente similar ao da figura 1.
Mandala 'Sri Yantra' (imagem 1) |
Mandala 'Sri Yantra' feita pelo Tonoscópio (imagem 2) |
Curiosamente, a história da Cimática não é tão recente quanto se imagina e os experimentos do físico suíço nos levam a pensar que esta ciência já tenha sido conhecida pelos indianos antigos e por tribos africanas quando, há pelo menos mil anos, utilizavam tambores com pele esticada e polvilhada com pequenos grãos para adivinhar eventos futuros.
Leonardo Da Vinci, durante o século XV, também já percebia que ao vibrar uma mesa de madeira com poeira eram criadas variadas formas geométricas. No século XVIII o físico Ernst Chladni realizou testes incríveis com areia sobre uma placa metálica acoplada em seu violino. Percebeu que quanto mais elevada era a frequência da nota entoada no instrumento, mais complexos também eram os desenhos formados.
Se o som afeta de fato a matéria física, a terapia com estímulos sonoros e música, adequadamente utilizada, pode interferir beneficamente em nossos corpos físicos, mentais e emocionais. Nossas células, tecidos, órgãos, são compostos de átomos que vibram em frequências diferentes, e assim também os nossos pensamentos e emoções. Com efeito, a música tem a capacidade de atingir esferas inalcançáveis para o intelecto.
Quando o som flui através de nossos corpos, ele afeta a sua vibração e permite um rearranjo molecular. Certas combinações harmônicas de sons são interpretadas pelo organismo humano como uma chave para a restauração do equilíbrio interno, o retorno ao estado natural de saúde e prevenção. Essa chave é a harmonia que converte o som em uma ferramenta poderosa de transformação, tanto para criação quanto para destruição. O som e a música podem alterar quaisquer substâncias e, dependendo da intenção e correta aplicação, também promover a cura.
(Grace Bender)
Texto originalmente publicado na revista WebMaganize
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